
Conheça os passos corretos, os erros mais comuns e como agir com segurança e responsabilidade ao encontrar um animal silvestre machucado.
Por que esse tema é tão importante?
Você sabia que milhares de animais silvestres são encontrados feridos todos os anos no Brasil, muitas vezes por atropelamentos, queimadas ou acidentes urbanos?
Apesar da boa intenção, a ajuda inadequada pode agravar a situação do animal ou colocar sua segurança em risco. Por isso, é fundamental saber o que fazer (e o que não fazer).
Etapas Básicas: Como Agir
Etapa | O Que Fazer |
---|---|
1. Avalie a situação | Observe à distância. Verifique se o animal realmente está ferido ou apenas descansando. |
2. Não toque | Animais silvestres podem estar assustados e agir de forma agressiva. |
3. Acione órgãos competentes | Ligue para o IBAMA (Linha Verde: 0800 61 8080) ou para a Polícia Ambiental local. |
4. Forneça informações | Informe a localização exata, espécie (se souber), e condição aparente do animal. |
Erros Comuns ao Tentar Ajudar
Erro | Por que evitar? |
---|---|
Tentar alimentar o animal | Pode piorar o quadro se ele estiver com hemorragia interna ou fraturas. |
Levar para casa | Além de ilegal, isso pode estressar ainda mais o animal. |
Medicar com remédios humanos | Muitos medicamentos humanos são tóxicos para animais silvestres. |
Transportar de forma imprópria | Sem equipamento adequado, há risco de novos ferimentos ou acidentes. |

Como identificar um animal realmente ferido?
Sinais visíveis de ferimentos | Comportamento que indica sofrimento |
---|---|
Sangramentos ou membros fraturados | Tentativas frustradas de se locomover |
Olhos fechados ou respiração ofegante | Paralisia ou tremores |
Presença de moscas ou vermes | Vocalização constante, mesmo sem ameaça |
E se for um filhote?
Muitos filhotes de aves ou mamíferos são deixados sozinhos por um tempo enquanto a mãe busca alimento. Se não houver sinais de ferimento ou abandono prolongado (mais de 24h), o melhor é não interferir.
Quando é seguro intervir?
Se o animal estiver em área de risco imediato (rua movimentada, fogo, enredado em lixo), e não for perigoso (ex: coruja, gambá), você pode, com luvas e uma toalha espessa, colocá-lo em uma caixa ventilada e levá-lo ao centro de triagem mais próximo. Nunca tente capturar répteis, mamíferos grandes ou animais venenosos.
Centros de Triagem no Brasil (CETAS)
Estado | Local CETAS | Telefone |
---|---|---|
São Paulo | CETAS-SP (Capital) | (11) 2997-5000 |
Rio de Janeiro | CETAS/RJ – Seropédica | (21) 2682-8830 |
Minas Gerais | CETAS-BH | (31) 3303-1000 |
Paraná | CETAS-PR Curitiba | (41) 3663-1650 |
Conclusão: Ajudar, sim — mas do jeito certo!
Se você encontrar um animal silvestre ferido, o melhor a fazer é manter a calma, não tocá-lo e acionar os órgãos competentes. O bem-estar do animal e sua segurança vêm em primeiro lugar.
Lembre-se: preservar a vida selvagem começa com informação e responsabilidade.
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Referências Bibliográficas:
- IBAMA. (2022). Guia de Resgate e Reabilitação de Fauna Silvestre.
- CETAS-SP. (2023). Boletim Técnico de Manejo e Atendimento Inicial.
- SOS Fauna. (2021). Cuidados com Filhotes de Aves Silvestres.
- WWF Brasil. (2022). Fauna Silvestre em Perigo: Identificação e Primeiros Socorros.
- Fundação Zoológico de São Paulo. (2022). Orientações para Resgate de Fauna Urbana.
- Lei nº 9.605/1998. Lei de Crimes Ambientais.
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