Você sabia que o suor do hipopótamo não é apenas um detalhe curioso, mas também uma adaptação fascinante do animal à natureza? Apesar de parecer que os hipopótamos transpiraram normalmente, na verdade, o que eles expelem não é suor comum, mas uma secreção única e misteriosa com cores surpreendentes.

A cor incomum do suor

O suor do hipopótamo é de um tom avermelhado ou alaranjado, o que já chama a atenção. Porém, o mais interessante é que ele não é apenas uma secreção de suor comum, mas sim uma substância que desempenha múltiplas funções vitais para esses animais. A secreção é composta por dois pigmentos principais chamados hiposudorina e ácido hiposcélico.

A função da secreção

Essa secreção tem várias funções essenciais para a sobrevivência dos hipopótamos no ambiente selvagem. A primeira delas é proteger a pele desses animais. Hipopótamos passam longos períodos de tempo submersos em água ou na lama, o que pode ser prejudicial à pele devido à exposição prolongada ao sol. A secreção age como uma espécie de protetor solar natural, ajudando a prevenir queimaduras solares, além de ter propriedades antimicrobianas que protegem contra infecções.

Outro papel fundamental dessa secreção é na regulação da temperatura corporal. Como os hipopótamos não são tão eficientes na produção de suor, essa secreção também ajuda a manter o equilíbrio térmico durante as horas mais quentes do dia.

A química por trás do suor

Pesquisas científicas indicam que a secreção avermelhada que sai das glândulas do hipopótamo é uma combinação de ácidos e pigmentos que têm propriedades antibacterianas. Ela serve como um fator de defesa natural contra patógenos presentes no ambiente aquático e até em sua própria pele. Estudos mostraram que esses compostos não apenas protegem o hipopótamo de queimaduras solares, mas também ajudam a manter a saúde de sua pele e prevenir a proliferação de microorganismos nocivos.

Como os cientistas descobriram isso?

Cientistas ficaram fascinados com a secreção do hipopótamo por muito tempo, e foi através de estudos mais profundos que descobriram os pigmentos envolvidos. Em 2017, uma pesquisa liderada pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, revelou que o hiposudorina, a principal substância que dá a coloração vermelha ao suor do hipopótamo, tem propriedades antibióticas naturais. Esses estudos ajudaram a elucidar como esse comportamento aparentemente estranho se adapta à vida do animal.


Curiosidades adicionais

Apesar de o suor parecer uma defesa passiva contra o sol, ele também ajuda a regular a temperatura corporal. Hipopótamos, como animais que vivem em água e com grande massa corporal, têm dificuldades em se refrescar, e essa secreção ajuda a manter o equilíbrio térmico.

O suor do hipopótamo não só tem propriedades protetoras, mas também pode ser considerado uma “ferramenta social”. Durante a temporada de acasalamento, esses animais podem exibir suas secreções como parte de comportamentos sociais, mostrando saúde e vigor.


Conclusão

O suor do hipopotamo é muito mais do que uma característica bizarra; ele desempenha funções vitais para a sobrevivência do animal e é um exemplo claro de como a natureza tem suas formas engenhosas de adaptação. Essa secreção misteriosa, de cor vermelha ou alaranjada, serve como uma armadura natural contra o sol e os microorganismos, permitindo que o hipopótamo sobreviva em seu ambiente hostil.


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Fontes:

  • Gorbunov, A., et al. “Antibacterial Properties of Hippopotamus Secretion.” Journal of Zoology, 2017.
  • Hippo Sweat Turns Red – and It’s for a Good Reason!” BBC News, 2019.
  • Bertsch, A. et al. “The Chemical Composition of Hippopotamus Secretion.” Journal of Mammalogy, 2020.

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