Você já encontrou uma pequena estrutura calcária em formato circular na areia da praia e se perguntou o que era? Se sim, você pode ter tido contato com uma bolacha-do-mar! Mas será que esse ser marinho é um tipo de concha? Uma rocha? Ou um primo distante dos ouriços-do-mar? Vamos descobrir juntos!

Arquivo: Gabriela Vilar

O Que é a Bolacha-do-Mar?

A bolacha-do-mar (ordem Clypeasteroida) é um equinodermo, pertencente ao mesmo filo dos ouriços-do-mar e estrelas-do-mar. Seu corpo achatado e coberto por um esqueleto calcário a torna única e facilmente reconhecível. Quando viva, possui pequenos espinhos móveis que ajudam na locomoção e na alimentação. Após sua morte, o esqueleto esbranquiçado fica à deriva no oceano até ser levado pelas ondas para a areia.

Características Principais

CaracterísticaDescrição
Nome CientíficoClypeasteroida
FiloEchinodermata
ClasseEchinoidea
HabitatFundos arenosos, enterradas na areia
AlimentaçãoMicro-organismos e partículas orgânicas
Tempo de VidaDe 3 a 10 anos (dependendo da espécie)
CuriosidadeSeu esqueleto tem um padrão que lembra uma estrela

Características Principais

As bolachas-do-mar possuem um sistema vascular ambulacrário, característico dos equinodermos, que utiliza a circulação de água para movimentação e troca gasosa. O sistema digestivo é completo, com um ânus e uma boca localizados na parte inferior do corpo. A estrutura interna é composta por placas calcárias interligadas, formando um exoesqueleto rígido e poroso.

Além disso, a simetria radial secundária da bolacha-do-mar é uma adaptação evolutiva que possibilita uma melhor interação com o ambiente bentônico. Esse padrão corporal é crucial para sua sobrevivência, permitindo que se enterrem rapidamente na areia quando necessário.

Curiosidades

Ela é parente dos ouriços-do-mar! Apesar de sua aparência diferente, a bolacha-do-mar pertence à mesma classe dos equinoides, que inclui os ouriços.

Seu nome vem do formato! Seu esqueleto achatado lembra uma bolacha (ou biscoito, dependendo da sua região).

Respira pela pele! Assim como outros equinodermos, sua troca gasosa ocorre por difusão através da pele.

O esqueleto conta uma história! Os padrões na superfície das bolachas-do-mar representam o local onde ficavam os canais do sistema vascular ambulacrário, que ajudava na movimentação e respiração.

Reprodução sexuada! As bolachas-do-mar possuem reprodução sexuada com fecundação externa. As larvas passam por várias fases antes de se fixarem no substrato e completarem seu desenvolvimento.

Ajudam no equilíbrio do ecossistema! Por serem detritívoras, desempenham um papel importante na reciclagem de matéria orgânica no fundo do oceano.

Podem mudar de cor! Algumas espécies apresentam variação de cor dependendo do ambiente e da idade.

Como Encontrar e Preservar uma Bolacha-do-Mar?

Se você encontrar uma bolacha-do-mar na praia, verifique se ela ainda está viva. Se estiver com as cerdas móveis ou uma coloração arroxeada, significa que o animal ainda está vivo, e o ideal é devolvê-lo ao mar. Caso esteja completamente branca e seca, significa que já é apenas o esqueleto (morta) e pode ser coletado como recordação.

Conclusão

As bolachas-do-mar são criaturas fascinantes que desempenham um papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas marinhos. Apesar de parecerem frágeis quando encontradas nas praias, elas possuem um ciclo de vida adaptado para sobreviver em ambientes arenosos, ajudando a manter a biodiversidade. Seu esqueleto calcário não apenas encanta os colecionadores, mas também conta a história de um organismo resiliente e bem-adaptado ao oceano.

Ao encontrarmos uma bolacha-do-mar na praia, devemos sempre respeitar a natureza e evitar remover indivíduos vivos do seu habitat. Cada pequeno ser tem sua função no grande equilíbrio dos oceanos!


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Fontes:

  • BRUSCA, R. C.; BRUSCA, G. J. Invertebrates. 2nd ed. Sunderland, MA: Sinauer Associates, 2003.
  • RUPPERT, E. E.; FOX, R. S.; BARNES, R. D. Invertebrate Zoology: A Functional Evolutionary Approach. 7th ed. Belmont: Cengage Learning, 2003.
  • MOYER, J. Echinoderms: Evolution and Diversity. New York: Academic Press, 2015.
  • SMITH, A. B. Echinoid Palaeobiology. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.
  • LAWRENCE, J. M. Sea Urchins: Biology and Ecology. 3rd ed. Amsterdam: Elsevier, 2013.

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